quinta-feira, julho 2

Pensamentos Fúteis do dia a dia


Mesmo quando não temos muitas opções, ainda assim não devemos nos trair com coisas contrárias a nós mesmos. Nada vale a pena se não for do nosso gosto, seria isso egoísmo?

Muitas vezes nos cansamos de depender de tudo, até mesmo de um coração que bate anunciando a nossa proximidade com a vida e a morte. A liberdade é tão bela e tão ansiada em suas formas tão dispersas ao vento. É da sua natureza, ventar e ventar.
Librianas como eu, são por natureza, meio desiquilibradas e por isso essa ânsia de colocar os pratos em igualdade, no lugar certo. Essa busca constante por harmonia.

Tenho certos hábitos estranhos, tais como me afastar do mundo voluntariamente. Isso nada tem a ver com mágoas ou desconsolo, mas quando sinto a minha presença meio sem utilidade, dou um passo ao lado e observo o mundo girando a minha volta, numa atitude totalmente alienada.

O lance da utilidade é mais profundo e incompreensível do que se possa imaginar. Ser útil ou inútil independe da nossa vontade, está impregnado em nossa natureza como uma marca congênita.

E pensar o que de tudo isso? Nada! Quem dera que fossa nada mesmo. Na verdade tudo isso que vos falo são produtos desses corcéis avermelhados que deslizam na tela da minha memória querendo competir com os quadros de Picasso(e Di Chirico).

E os corcéis velozes chocam-se entre si, porque a velocidade não tem limites. Alguns encontros inesperados entre eles dão-se de uma forma violenta, outros são tão calmos que penso que minha pressão caiu. Mas essas conversas silenciosas são tão surreais que podem estar fora de cogitação, sendo impossível descrevê-las com precisão.

Quem sabe num futuro distante, ou ainda dentro de uma brevidade tão palpável que seria difícil delimitar, poderia encontrar os vãos, por entre esses corcéis sem freio. E nesse dia então, desvendaria os mistérios que estão guardados nesse vazio iluminador...

Elizabeth

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